Multidão ovacionam Lula, Dima e Ciro Gomes inauguram velho Chico no Sertão da PB.

março 19, 2017
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já chegou a Campina Grande (PB), de onde seguiu para Monteiro (PB), onde fará, nesta tarde, a inauguração popular da transposição do São Francisco; no local da cerimônia, uma multidão já se aglomera e se banha nas águas do novo Velho Chico; evento desta tarde, com a presença da presidente deposta Dilma Rousseff, do presidenciável Ciro Gomes e de quatro governadores marca o início da caminhada de Lula para tentar reconquistar o Palácio do Planalto






Lula e dilma e inauguram velho chico










Uma multidão está concentrada o longo do canal do rio Paraíba, que está perene graças à transposição do São Francisco.

Evento desta tarde, com a presença da presidente deposta Dilma Rousseff, do presidenciável Ciro Gomes e de quatro governadores marca o início da caminhada de Lula para tentar reconquistar o Palácio do Planalto.


Idealizada desde o tempo do Império, a obra saiu do papel no governo Lula e foi construída na gestão de Dilma Rousseff.
Entre os moradores, os sentimentos predominantes são de gratidão pela obra e esperança em relação ao futuro.


A seco A comitiva que irá com Lula à transposição do São Francisco, neste domingo (19), respirou aliviada ao saber que ele acatou conselho para não entrar nas águas, como pretendia fazer. Havia temor do gesto ser visto como mau exemplo.
Cadê? Líderes de movimentos que organizaram o ato contra a reforma da Previdência, em São Paulo, na última quarta (15), se queixaram de que o engajamento da Frente Povo Sem Medo, encabeçada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), foi menor em comparação com os protestos de 2016.


Me dê motivos Dentro dos movimentos, a explicação é que a frente, liderada por Guilherme Boulos, tende a se distanciar deste tipo de evento à medida que Lula os aproveita para se firmar como candidato ao Planalto em 2018. O grupo tem laços com o PT, mas também tem alas ligadas a outras siglas, como o PSOL.


Até parece A Frente do Povo Sem Medo nega que tenha se engajado menos na organização do ato e diz que apenas o MTST, maior entidade do grupo, levou 25 mil pessoas à avenida Paulista.


Globo está usando série sobre idosos para fazer propaganda de reforma que corta aposentadorias e pensões

março 14, 2017


Eduardo Vasco,  Causa Operária

O monopólio Globo tem um histórico invejável de ataques aos direitos dos trabalhadores, desde as capas de jornais contra o 13º salário até as campanhas atuais pela PEC 55, reforma trabalhista e da previdência, passando pela propaganda de golpes de estado e perseguição a políticos de esquerda.

Essa manipulação e distorção dos fatos para enganar a população muitas vezes é feita de forma escancarada, e em outras é encoberta. Esse é o caso da propaganda a favor da reforma da previdência, que o governo golpista busca implementar para fazer com que os trabalhadores só se aposentem até pouco antes de morrer.


O Jornal Nacional desta semana está com uma série de reportagens especiais sobre os idosos, como podem cuidar da saúde na velhice e viver melhor. Curiosamente, segundo a reportagem desta quarta-feira (4), uma das maneiras de viver melhor para os idosos é trabalhando para um patrão até o fim da vida, e não utilizando seus últimos anos de vida para o lazer.





Os entrevistados da reportagem são idosos que gostam de trabalhar. Um especialista afirma que um dos motivos de pessoas com idade para se aposentar continuarem trabalhando é a baixa renda dos trabalhadores. O dinheiro da aposentadoria também é muito pouco. A solução, para a Globo, é muito simples: que continuem a trabalhar, ora! Aumentar o salário e a aposentadoria, isso nem passa pela cabeça dos patrões, obviamente.

Mas o pior vem a seguir: “É pouco dinheiro para quem recebe, mas é muito para quem paga”, diz o repórter, com ênfase no muito. Exatamente a mesma lábia dos patrões, não? E o argumento é aquele mesmo do governo golpista: a expectativa de vida está aumentando, a cada ano mais gente recebe aposentadoria mas menos gente contribui etc, etc, etc. Aí vem um economista burguês dizer que a reforma da previdência é urgente! Hélio Zylberstajn, professor da USP, é o entrevistado. Ele já deu declarações em outras reportagens da Globo a favor da reforma previdenciária, é aquele típico entrevistado de fachada que serve só para os jornais dizerem que são imparciais e estão apenas consultando a opinião de um especialista.

Tem mais. Outro “especialista” vem com um discurso ridículo, pra avacalhar de vez: desesperados para manipular a opinião da audiência, o argumento é o de que os idosos têm que trabalhar mais tempo porque sua simples presença deixa mais agradável o ambiente de trabalho e assim ele funciona melhor! O trabalhador idoso, segundo a esdrúxula explanação do “especialista”, tem mais jogo de cintura pra conversar com seus colegas e com o chefe.

Ainda segundo a reportagem/propaganda, uma aposentadoria “precoce” (que foi um direito conquistado por anos de luta dos trabalhadores) acaba desperdiçando a experiência que o aposentado adquiriu ao longo da vida. Então se for assim, para que a experiência do trabalhador não seja desperdiçada, ele deveria trabalhar até o último suspiro, porque quanto mais velho maior sua experiência.





O ato final da comédia midiática do Jornal Nacional é citar o exemplo do Japão: idosos com mais de 70 anos se “divertem” trabalhando. O governo incentiva os idosos a trabalharem (ou obriga, como os golpistas daqui querem fazer?). O Japão, que tem um dos sistemas de trabalho mais brutais e exploratórios do mundo, onde o trabalho é tão opressor que as pessoas enloquecem ou se suicidam para se livrar do excesso de exploração.

Segundo o governo japonês, mais de 2 mil trabalhadores se suicidam todos os anos por estresse relacionado ao excesso de trabalho (BBC, 29/12/16). Isso sem contar as mortes por problemas de saúde resultantes do trabalho excessivo. “Karoshi” é o termo utilizado para designar esse tipo de suicídio, de tão comum que se tornou a prática.


A Globo, comandada pela família mais rica da história recente do Brasil, sonegadora de impostos e benefeciária de grande fatia de dinheiro público por investimento do governo, utiliza mais uma vez seu monopólio para fazer campanha de ataques aos direitos da classe operária, como é o direito à aposentadoria.

Seguindo os interesses da sua própria classe burguesa, ela quer que o trabalhador produza a riqueza para encher os bolsos do patrão até que morra por morte natural aos 80 anos, ou então até que morra enquanto trabalha em condições miseráveis aos 75, sendo superexplorado e dando lucros para o patrão e sem receber qualquer migalha de aposentadoria.

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