Delação de Cunha derrubará o planalto
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QUEM TEM MEDO DE CUNHA ?
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), esperneia e pode ainda representar um perigo tanto para seus aliados da oposição como para as tentativas do governo de alcançar uma governabilidade que garanta avanços políticos e econômicos para o país.
A quantidade e a gravidade das denúncias contra ele, e a proximidade do momento em que terá que prestar contas à Justiça, levaram Cunha a mandar o clássico recado dos desesperados , “não vou cair sozinho”, ao vice Michel Temer. Quem tem medo de Eduardo Cunha?
Ele continua cantando de galo mesmo com a corda no pescoço. Diante da tentativa frustrada de minar as iniciativas de Dilma na montagem de um novo ministério com indicações de nomes peemedebistas, ele garante que não é com a indicação de peemedebistas para o ministério que o governo vai aprovar a CPMF no Congresso - uma das principais batalhas do governo para sanar a crise econômica.
O deputado insiste em dar declarações negando qualquer participação na reforma ministerial - como se todos já não soubessem que acabou alijado do processo.
Parte de seu discurso é repetir o óbvio: a existência de divergências dentro do PMDB sobre manter ou não apoio ao governo.
Claro que há divergências internas no PMDB. Ele só esqueceu de informar ao respeitável público que nesta nova conjuntura foi ele, Cunha, quem mais perdeu terreno e liderança.
A aliança PT/PMDB, que até a eleição era vista como algo pacífico e normal, é colocado agora por Cunha como abominável.
Ao criticar o que qualifica de "tentativa de reintroduzir o PMDB" no projeto do atual governo com a oferta de cargos a deputados da bancada, Cunha está jogando para a plateia porque quem nunca deixou de estar no governo não pode ser reintroduzido.
Ele continua falando como se ainda tivesse maioria na bancada e como se ainda tivesse força de líder para influenciar decisões.
Não, não tem. Ela já foi tomada e Cunha está muito irritado. Foi ferido de morte quando entre os nomes apresentados pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), à Dilma para o ocupação de pastas no ministério estão os deputados peemedebistas Manoel Júnior (PB) e Marcelo de Castro (PI), vice-líderes da bancada na época em que Cunha era líder do partido.
Diante do fato consumado ele frisa: ignoro o que está acontecendo com a reforma, não tenho ingerência e nem quero ter. Defendo que o PMDB saia do governo. Como se ainda tivesse peso para tal.
Essa passou a ser sua posição desde julho, depois da publicação das declarações do delator Júlio Camargo de que o presidente da Câmara teria recebido propina de U$ 5 milhões do esquema de corrupção da Petrobras, em contrato celebrado entre a estatal e a empresa coreana Samsung.
Ele ataca o governo mas se nega também a comentar as declarações do ex-gerente da área internacional da Petrobras Eduardo Musa, que afirmou ser Cunha quem dava a palavra final em relação às indicações para a Diretoria Internacional da estatal.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou denúncia contra Cunha ao Supremo Tribunal Federal (STF), na qual ele pede 184 anos de prisão para o possível réu, por envolvimento em esquema de corrupção que drenou cerca de R$ 80 bilhões da Petrobras.
Na peça jurídica encaminhada ao STF, Cunha é acusado, em 85 páginas, por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo investigações da Polícia Federal, Cunha teria usado a igreja a que pertence, a Assembleia de Deus em Madureira, Zona Norte do Rio, para lavar dinheiro e distribuir parte da propina arrecadada, durante sua campanha eleitoral.
Para Cunha, não foi o grande número de indícios a seu respeito que levaram à apresentação da denúncia contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas isso aconteceu porque o governo forçou a delação e a seguir o procedimento de Rodrigo Janot. Só pode ser piada!
A realidade é que, para o bem da Nação, o reinado de Cunha está chegando ao fim. Sete meses depois de derrotar o governo, conquistar a presidência da Câmara e se transformar numa das mais incômodas figuras da oposição, Cunha, por mérito próprio cavou seu buraco.
Quando coloca a cabeça no travesseiro à noite deve estar realmente consciente de seu isolamento dentro do próprio partido, demonstrado em Brasília e no Rio nos últimos dias.
A passagem que melhor ilustra o sucesso, parcial até o momento, de Dilma em relação à neutralização da ação nefasta de Cunha, foi o diálogo divulgado pela mídia entre Cunha e o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani.
Foi o líder que aceitou levar a proposta do governo aos deputados. Quando soube, Cunha chamou Picciani e propôs uma aliança para recusar a oferta presidencial.
O líder da bancada refutou e disse a Cunha: “Você é oposição; eu, não. Você quer o impeachment; eu, não”.
O placar final da reunião da bancada do PMDB (42 a favor e nove contra) demonstrou que Cunha perdeu a liderança da maioria da bancada - a mesma que respaldara sua ascensão à presidência da Câmara.
A verdade é que Cunha tentou levar o PMDB para a oposição, mas na dança da política perdeu para o vice Michel Temer e o senador Renan Calheiros e ao se aliar a Aécio, trombou com a cúpula do PMDB do Rio, o que contribuiu para a precarização de sua situação.
Além da indicação de nomes ao ministério pela bancada em Brasília, o PMDB fluminense anunciou esta semana 71 candidatos a prefeito para a eleição de 2016, com 12 alianças - duas das quais com o PT, sem nenhum pitaco de Cunha.
Cunha pulou com o paraquedas do impeachment e, pelo menos até o momento, não abriu. Na descida, ele ainda comanda a pauta de votações na Câmara e garante que toda a bancada é muito próxima a ele e que não vê nenhuma mudança de cenário para próximas votações. Ledo engano.
A quantidade e a gravidade das denúncias contra ele, e a proximidade do momento em que terá que prestar contas à Justiça, levaram Cunha a mandar o clássico recado dos desesperados , “não vou cair sozinho”, ao vice Michel Temer. Quem tem medo de Eduardo Cunha?
Ele continua cantando de galo mesmo com a corda no pescoço. Diante da tentativa frustrada de minar as iniciativas de Dilma na montagem de um novo ministério com indicações de nomes peemedebistas, ele garante que não é com a indicação de peemedebistas para o ministério que o governo vai aprovar a CPMF no Congresso - uma das principais batalhas do governo para sanar a crise econômica.
O deputado insiste em dar declarações negando qualquer participação na reforma ministerial - como se todos já não soubessem que acabou alijado do processo.
Parte de seu discurso é repetir o óbvio: a existência de divergências dentro do PMDB sobre manter ou não apoio ao governo.
Claro que há divergências internas no PMDB. Ele só esqueceu de informar ao respeitável público que nesta nova conjuntura foi ele, Cunha, quem mais perdeu terreno e liderança.
A aliança PT/PMDB, que até a eleição era vista como algo pacífico e normal, é colocado agora por Cunha como abominável.
Ao criticar o que qualifica de "tentativa de reintroduzir o PMDB" no projeto do atual governo com a oferta de cargos a deputados da bancada, Cunha está jogando para a plateia porque quem nunca deixou de estar no governo não pode ser reintroduzido.
Ele continua falando como se ainda tivesse maioria na bancada e como se ainda tivesse força de líder para influenciar decisões.
Não, não tem. Ela já foi tomada e Cunha está muito irritado. Foi ferido de morte quando entre os nomes apresentados pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), à Dilma para o ocupação de pastas no ministério estão os deputados peemedebistas Manoel Júnior (PB) e Marcelo de Castro (PI), vice-líderes da bancada na época em que Cunha era líder do partido.
Diante do fato consumado ele frisa: ignoro o que está acontecendo com a reforma, não tenho ingerência e nem quero ter. Defendo que o PMDB saia do governo. Como se ainda tivesse peso para tal.
Essa passou a ser sua posição desde julho, depois da publicação das declarações do delator Júlio Camargo de que o presidente da Câmara teria recebido propina de U$ 5 milhões do esquema de corrupção da Petrobras, em contrato celebrado entre a estatal e a empresa coreana Samsung.
Ele ataca o governo mas se nega também a comentar as declarações do ex-gerente da área internacional da Petrobras Eduardo Musa, que afirmou ser Cunha quem dava a palavra final em relação às indicações para a Diretoria Internacional da estatal.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou denúncia contra Cunha ao Supremo Tribunal Federal (STF), na qual ele pede 184 anos de prisão para o possível réu, por envolvimento em esquema de corrupção que drenou cerca de R$ 80 bilhões da Petrobras.
Na peça jurídica encaminhada ao STF, Cunha é acusado, em 85 páginas, por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo investigações da Polícia Federal, Cunha teria usado a igreja a que pertence, a Assembleia de Deus em Madureira, Zona Norte do Rio, para lavar dinheiro e distribuir parte da propina arrecadada, durante sua campanha eleitoral.
Para Cunha, não foi o grande número de indícios a seu respeito que levaram à apresentação da denúncia contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas isso aconteceu porque o governo forçou a delação e a seguir o procedimento de Rodrigo Janot. Só pode ser piada!
A realidade é que, para o bem da Nação, o reinado de Cunha está chegando ao fim. Sete meses depois de derrotar o governo, conquistar a presidência da Câmara e se transformar numa das mais incômodas figuras da oposição, Cunha, por mérito próprio cavou seu buraco.
Quando coloca a cabeça no travesseiro à noite deve estar realmente consciente de seu isolamento dentro do próprio partido, demonstrado em Brasília e no Rio nos últimos dias.
A passagem que melhor ilustra o sucesso, parcial até o momento, de Dilma em relação à neutralização da ação nefasta de Cunha, foi o diálogo divulgado pela mídia entre Cunha e o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani.
Foi o líder que aceitou levar a proposta do governo aos deputados. Quando soube, Cunha chamou Picciani e propôs uma aliança para recusar a oferta presidencial.
O líder da bancada refutou e disse a Cunha: “Você é oposição; eu, não. Você quer o impeachment; eu, não”.
O placar final da reunião da bancada do PMDB (42 a favor e nove contra) demonstrou que Cunha perdeu a liderança da maioria da bancada - a mesma que respaldara sua ascensão à presidência da Câmara.
A verdade é que Cunha tentou levar o PMDB para a oposição, mas na dança da política perdeu para o vice Michel Temer e o senador Renan Calheiros e ao se aliar a Aécio, trombou com a cúpula do PMDB do Rio, o que contribuiu para a precarização de sua situação.
Além da indicação de nomes ao ministério pela bancada em Brasília, o PMDB fluminense anunciou esta semana 71 candidatos a prefeito para a eleição de 2016, com 12 alianças - duas das quais com o PT, sem nenhum pitaco de Cunha.
Cunha pulou com o paraquedas do impeachment e, pelo menos até o momento, não abriu. Na descida, ele ainda comanda a pauta de votações na Câmara e garante que toda a bancada é muito próxima a ele e que não vê nenhuma mudança de cenário para próximas votações. Ledo engano.
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