Dilma Rousseff manda msg -Democracia é conquista permanente”,

Brasileiros saem às ruas para protestar contra o golpe
Agenda de manifestações organizada pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo reforça a denúncia contra a tentativa de afastamento da primeira mulher eleita presidente do país. Guerrilheira em 1964, combativa nos momentos mais delicados da história do Brasil, Dilma Rousseff afirma: “vou defender a democracia, o projeto político que eu represento, os interesses legítimos do povo brasileiro”. LEIA mais: http://goo.gl/sMWRbH
Mensagem de Dilma Rouselff
Nesta semana será retomado o Acampamento pela Democracia, em Brasília, e os atos contra o golpe no país inteiro. “Estaremos, no dia 29, nas ruas e também no Senado para acompanhar o depoimento da presidenta, resistindo até o último momento”, avisa Luciana Santos, deputada federal por Pernambuco e presidente nacional do PCdoB.
Nos últimos capítulos do processo de impeachment de Dilma, movimentos sociais e líderes políticos terão intensa agenda de manifestações pelo país. A atenção da sociedade estará voltada para o Congresso Nacional. Mais precisamente, com o olhar no Senado Federal, onde Dilma fará pessoalmente sua defesa na segunda-feira (29) no Plenário da Casa.
As atividades contra o golpe já se iniciaram e seus organizadores prometem fazer muito barulho para denunciar a efetivação de um grave ataque à democracia. Vale lembrar que foram mais de 54 milhões de votos que reconduziram a presidente ao Palácio do Planalto nas eleições de 2014.
Temer usurpador
Desde então, a oposição tentou, de todas as formas, afastar a presidente para desconstruir os programas de inclusão social desenvolvidos em sua gestão e na do governo Lula (2003-2016). Nos primeiros 100 dias à frente do Executivo, o interino golpista Michel Temer enxugou as contas públicas. Graças à imposição do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o saldo negativo será enfrentado com cortes de direitos sociais e trabalhistas. O trabalhador pagará a conta do golpe.
Segundo a deputada Luciana Santos, Temer impõe a agenda da direita para “desnacionalizar a economia, retirar direitos e conquistas. Medidas mais acentuadas que nos tempos de FHC, exatamente porque não precisou passar pelo crivo popular”. Conforme Luciana, se o golpe for consolidado pelos senadores, “o povo estará nas ruas, em resistência contra essa agenda ultraliberal”.
Diante da possibilidade de aprofundamento da crise econômica, a Frente Brasil Popular afirmou em nota que irá resistir ao “golpismo“ nestes dias que antecedem o julgamento final. O coletivo formado por partidos políticos, entidades sindicais, movimentos estudantis e culturais prepararam uma contraofensiva aos conservadores que, na atualidade, são maioria no Congresso.
De acordo com o presidente nacional da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, “é dever moral de cada um de nós enxergar que esta luta se tornou questão de sobrevivência". PCDOB NA CÂMARA·


O sindicalista acrescenta que há um processo de demonização da política e dos partidos, liderado por setores da mídia, “sob a luz do ódio e do preconceito”. “Eles tentam massacrar, quebrar a espinha dorsal do campo democrático popular”.


Dilma participa de ato no Teatro dos Bancários em Brasília / Foto Lula Marques

Para Dilma, que esteve presente na noite de terça (23), no ato em defesa da democracia e dos direitos sociais na Casa de Portugal, no centro de São Paulo, “nós viemos de 20 anos de ditadura, ganhamos e achamos que estávamos bem. Mas temos de lutar todos os dias. Nós ganhamos algumas lutas nesse processo. A primeira foi que os movimentos sociais, os partidos progressistas, os artistas, as mulheres, todos nós fomos capazes de formar uma grande frente de resistência, que está aqui”, afirmou.

O coordenador da Frente Povo sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse na ocasião que Temer e sua “turma de golpistas estão brincando com fogo. Se este golpe for vitorioso vai se abrir a porteira de um longo período de instabilidade”, avaliou.

Em 29 de agosto, dia em que Dilma será julgada no Senado, será convocado o dia nacional de luta contra o golpe, com uma grande concentração ocorrendo em Brasília. Um acampamento será montado no local ao lado do Estádio Nacional Mané Garrincha.
O “muro da vergonha” também está de volta. A extensa barreira de metal erguida para separar contrários e a favor de Dilma foi novamente montado na Esplanada dos Ministérios.
Agenda contra o golpe em Brasília
Quinta-feira (25/08) - Buzinaço, concentração na Catedral, às 17h30.
Sábado (27/08) - Ensaio geral da Batucada Feminista, Museu da República, às 15h.
DIA 29/08 (segunda-feira) - Dia nacional de luta em defesa da democracia e dos direitos
8h - Recepção da presidenta Dilma Rousseff em frente ao Senado.
10h - 16h - Programação político-cultural no Acampamento em defesa da democracia e dos direitos, ao lado do Ginásio Nilson Nelson.
18h- Ato político nacional em Defesa da Democracia e dos Direitos em frente ao Senado Federal.



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