Michel Temer - Orienta empresários para contratar formados com diploma do Exterior.

Michel Temer pede à indústria prioridade para contratar quem estudou no exterior



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O presidente da República em exercício, Michel Temer, aproveitou um discurso a um grupo de empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para pedir a eles que deem "preferência" a contratações de pessoas formadas no exterior.

Temer falou aos empresários em uma reunião fechada, sem a presença da imprensa. Depois, a assessoria da Presidência divulgou a transcrição do discurso.
Em um trecho do discurso, Temer mencionava o programa Ciência Sem Fronteiras. Na avaliação do presidente em exercício, em razão da "situação dramática" que o país vive na economia, muitos vão estudar no exterior e, quando retornam ao Brasil, não conseguem emprego.
"Evidentemente, nas suas empresas e empresas outras que forem conectadas com os senhores, se puderem dar preferência muitas vezes àqueles que se formaram no exterior porque estes, queremos ou não, talvez venham bem formados, com informações tecnológicas que auferiram no exterior", afirmou Temer.

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 29 de junho, o nível de desemprego no país ficou em 11,2% - referente ao trimestre encerrado em maio -, o equivalente a 11,4 milhões de pessoas desocupadas.
Como tem feito nos discursos recentes, Temer voltou a dizer que o primeiro direito dos cidadãos é o emprego e "não há nada mais indigno" do que uma pessoa ficar desempregada.
"Eu encontro desempregados nas minhas andanças por aí, e desempregadas, que estão, digamos assim, sentindo-se excluídos da cidadania, em uma situação de absoluta indignidade, o que é incompatível com o texto constitucional", declarou o presidente em exercício no discurso na CNI.
Segundo Temer, é preciso "prestigiar" a iniciativa privada, porque os empresários têm a capacidade de ampliar os negócios e empregar pessoas.
"E nós estamos pautados também por essa ideia da dignidade constitucional da pessoa humana, que é outra determinação do nosso texto fundamental do Estado", acrescentou.
Meta fiscal
Aos empresários, Temer aproveitou para citar o anúncio, pelo governo, da revisão da meta fiscal de 2017, apresentada nesta quinta (7), que prevê um déficit de R$ 139 bilhões nas contas públicas no ano que vem. Segundo Temer, é "evidente" que não seria possível zerar o rombo em 2017, uma vez que, neste ano, o governo estima um déficit de R$ 170,5 bilhões nas contas.
Na avaliação do presidente em exercício, o valor de R$ 139 bilhões foi "muito bem articulado" pela equipe econômica do governo, e vai exigir a venda de ativos e a aprovação da proposta enviada pelo governo ao Congresso que limita o aumento dos gastos públicos à inflação do ano anterior.
Pelas estimativas da equipe econômica, o romo fiscal poderia ser de R$ 194 bilhões, mas o governo trabalha com a meta de arrecadar R$ 55 bilhões por meio da venda de ativos, outorgas, concessões e privatizações.

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