MÍdia Internacional
Governos do URUGUAI,CHILE,BOLIVIA,VENEZUELA,EL SALVADOR,CUBA e EQUADOR não reconhecem Temer como presidente do Brasil
Na China, onde esperava assinar 11 contratos, Temer enfrenta já a sua primeira crise diplomática, depois de a Venezuela, Equador e Bolívia terem chamado os seus embaixadores em Brasília em protesto contra a destituição, criticada também por Cuba e El Salvador. “Isto não foi um golpe de Estado apenas contra Dilma. Foi contra a América Latina e o Caribe”, acusou o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, cabeça da esquerda bolivariana que nos últimos 13 anos manteve relações estreitas com Brasília. Maduro acusou os EUA de estarem por trás deste “ataque contra o movimento popular e progressista na América Latina”, antes de anunciar o corte de relações diplomáticas com o país vizinho.
O governo brasileiro reagiu aos protestos chamando os seus embaixadores naqueles países e o chefe da diplomacia, José Serra, respondeu às críticas dizendo que “o Governo venezuelano não tem autoridade moral para falar de democracia, uma vez que não é um regime democrático”, voltando a acusar Caracas de manter presos políticos.
“O Uruguai se manifestou politicamente, já disse o que tinha que dizer. Com certeza estamos muito preocupados com esta situação e esperamos que tudo ocorra dentro dos parâmetros constitucionais e institucionais. ..
A posição do nosso governo está clara, pois nós já nos posicionamos a respeito disso”, disse Nin Novoa em entrevista a jornalistas na última quinta (12), data do primeiro dia de mandato do presidente em exercício.
O ministro das Relações Exteriores e chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, fez questão de se posicionar mais uma vez em relação ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) e garantiu que o governo do país cisplatino não tem intenções de reconhecer Michel Temer (PMDB) como presidente do país.
Perguntado se irá entrar em contato com Temer ou com alguém de seu gabinete, o chanceler foi direto: “Não [haverá nenhum tipo de comunicação]. Já dissemos o que deveríamos ter dito, de maneira que não temos mais nada a agregar.”
Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou mais cedo que a direita brasileira quer dar um golpe na presidente Dilma Rousseff e "castigar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que não volte à presidência.
Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, garantiu nesta sexta-feira que a crise política do Brasil faz parte de um "novo plano Condor" contra os governos progressistas da região.
Venezuela
Na quinta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já havia manifestado apoio a Dilma e Lula, chamando a crise política no Brasil de "golpe de estado midiático e judicial".
"Você acha que isso é casualidade? É o novo plano Condor (aplicado na década dos 70 pelas ditaduras militares do Cone Sul para coordenar o extermínio de opositores) contra os governos progressistas", declarou o mandatário em uma entrevista na rede televisão oficial.O vizinho do sul não é o único país que não reconhece a legitimidade do peemedebista como chefe de Estado brasileiro. Já a Ministra das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, afirmou que “é inaceitável a interferência externa na atual situação política do Brasil” e que Moscou espera um país “estável e democrático”De acordo com o portal da TeleSur, o governo do Chile também manifestou sua preocupação com as circunstâncias em que Dilma foi afastada. “Nos preocupamos com a nossa nação irmã, que tem gerado incerteza em nível internacional”, alegou institucionalmente em comunicado. Ainda no Chile, o Partido Comunista local se posicionou contra “a violação do Estado Democrático de Direito”, em referência ao impeachment. Outras legendas e órgãos, como o Die Linke, da Alemanha, e o PSUV, da Venezuela, bem como a Unasur (União das Nações Sul-Americanas), também criticaram duramente o processo.
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