Cai o articulador político de Michel Temer, Geddel Vieira Lima, que usou seu cargo para tentar obter benefícios privados; Geddel foi também
um dos principais articuladores do golpe parlamentar de 2016, mas sua demissão não resolve os problemas de Temer, que também foi gravado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero; insustentável no cargo, ele enviou por e-mail sua carta de demissão a Michel Temer nesta sexta-feira 25 (confira a íntegra); também citado nas delações das empreiteiras, Geddel perderá o foro privilegiado
Pivô da maior crise do governo de Michel Temer, que pode culminar inclusive na saída do presidente, o ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, já entregou sua carta de demissão ao presidente nesta sexa-feira 25.
Geddel ficou insustentável no cargo desde que foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de ter advogado em causa própria e cometido tráfico de influência ao fazer pressões para que Calero agisse pela liberação de uma obra embargada em Salvador.
Calero pode ter gravado conversas com Geddel, o ministro Eliseu Padilha e Temer e acusa o presidente de também tê-lo "enquadrado" em favor de Geddel, em uma reunião no Palácio do Planalto, conforme contou em depoimento à Polícia Federal.
pediu demissão Geddel viera Lima após denuncia atingir Temer
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Com sua saída, a intenção de Geddel é tentar estancar a sangria da crise. Ela não será resolvida, porém, uma vez que envolve o próprio Michel Temer no caso. Também citado nas delações das empreiteiras na Lava Jato, Geddel perderá o foro privilegiado.
Confira a íntegra da carta de demissão de Geddel, que teria sido enviada por email a Michel Temer:
Aécio Neves
sobre o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que caiu por corrupção, e o também ex-ministro Marcelo Calero, que saiu do governo por não se deixar corromper, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), fecha com o primeiro e pede investigação do segundo pela gravação que ele disse ter feito de Michel Temer, Geddel e Eliseu Padilha; "Há algo aí de extremamente grave e que também tem que ser investigado, o fato de um servidor público, um homem da confiança do presidente da República, com cargo de ministro de Estado, se confirmado isso, entrar com um gravador para gravar o presidente. Isso é inaceitável, é inédito na história do Brasil", diz; para o tucano, o caso "nem de longe" atinge Temer
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